Com esse texto, volto a postar no blog conteúdo novo pelo menos uma vez por semana :)
Minha mãe e eu viajamos para São Paulo no dia 20 de outubro para irmos ao show do U2 no domingo, dia 22. Apesar do show ser o motivo central da ida, desde que compramos os ingressos já decidimos aproveitar e conhecer melhor a cidade. Minha vontade de turistar por lá foi surgindo com o tempo e cada vez mais eu colecionava lugares para conhecer quando fosse.
Planejei tudo, desde os horários dos voos, até o restaurante de cada dia. Esse processo pra mim é tipo “viajar antes de sair de casa”. Amo! E com o roteiro pronto, fica mais fácil escolher desde o bairro onde se hospedar, até quais roupas levar. Confesso que tenho uma fórmula super legal de roteirizar e organizar uma viagem, mas isso fica para um próximo post.
DIA 01
Saímos de Porto Alegre às 14h de sexta (horário milimetricamente pensado pro meu pai conseguir nos deixar no aeroporto). Fomos de LATAM, voo bem de boa e chegamos em São Paulo 15h30. Aí vai a dica #01 da viagem: esquece táxi! Eu até tinha ouvido isso antes de ir, mas não sabia que pra ir do aeroporto até o apartamento de táxi custaria 150 reais, enquanto de Uber foi 69. De cara já pegamos um motorista muito simpático, que foi contando curiosidades da cidade com seu sotaque paulistano. Eu acho muito legal essa troca, conversar com quem conhece o lugar e mesclar a tua visão com a da pessoa local.
Apesar do voo POA – SP ser curto, toda a função de aeroporto, deslocamento, mala (…) cansa. E já passava das 16h quando finalmente chegamos na nossa hospedagem. Escolhemos ficar num flat muito fofo no Jardins que encontramos no Airbnb, que além da ótima localização era super aconchegante. Ele também contava com serviço de quarto uma vez por dia, ou seja: o conforto de um apartamento com a comodidade de um hotel. Como deixamos para decidir um pouco em cima da hora e a cidade estava lotada de gente em função do show, também foi o melhor custo-benefício.
E bom, já que estávamos em São Paulo, que começassem o jogos! 🍕 🍕 🍕 Ficamos alguns minutos carregando o celular e reconhecendo o apartamento, mas logo em seguida já partimos para a primeira parada gastronômica do nosso roteiro: La Guapa. Confesso que eu estava com uma enxaqueca dos infernos, então, na realidade, a primeira parada foi uma farmácia mesmo. haha O La Guapa do Jardins fica no segundo andar da Livraria da Vila e foi colocar o pé lá dentro pra enlouquecer com o cheiro incrível de empanada no ar.
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empanadas la guapa
A ideia era tomar um café, comer uma empanada, passear e depois jantar. Começamos comportadas. Minha mãe pediu frango caipira livre com legumes e ervas frescas e eu pedi a porteña (suculenta combinação de dois queijos com tomates assados e manjericão fresco), cafezinho e um alfajor. As duas estavam ótimas, mas a menção honrosa fica pra porteña. Foi, sem dúvida, o melhor recheio de queijo da vida, que fez com que a minha mãe me convencesse a pegar mais uma empanada pra cada uma, já que ela queria uma porteña pra chamar de sua. Dessa vez, peguei pra mim a pucacapas (cebolas caramelizadas levemente apimentadas e queijo derretido). Sim, ela é tão maravilhosa quanto sua descrição. Aí eu fico pensando… como seria bom ter um La Guapa na esquina de casa!!! O alfajor é também uma delícia, o cheiro de chocolate meio amargo é surreal. Perfumou tudo em volta da gente. Se já éramos admiradoras da Paola Carosella por sua postura e inteligência, depois de conhecer suas empanadas viramos fãs!
Como nos empolgamos nas empanadas, decidimos não sair pra jantar e ir até o flat a pé, sem pressa. Sabe aquela simples decisão maravilhosa? Foi essa. Sexta-feira, horário de verão, temperatura mega agradável, um bairro lindo, bares por todos os lados… Me apaixonei pelo clima de um restaurante em especial, o MYK com sua arquitetura de inspiração grega e suas velas e flores sob as mesas na calçada. Fica para a próxima.
Antes de entrar no apartamento, passamos no Pão de Açúcar da esquina, compramos umas comidinhas para beliscar mais tarde, vinho e café para os dias seguintes. Voltando com as compras, sentindo cheiro de comida no ar daquela sexta-feira feliz, o coração ficou quentinho. Chegamos cansadas, porém felizes e prontas para respirar mais os ares paulistanos pelos próximos dias.
compras pão de açúcar
DIA 02
Fazer turismo é pular da cama às 8h da manhã feliz da vida, não é mesmo? Tomamos um café da manhã leve no apartamento, nos arrumamos e, antes de ir pra rua, descobrimos que a luz da sacada era ótima para selfies! Decidimos não pegar Uber e seguir nosso roteiro a pezito, aproveitando o caminho. De saída, minha mãe ficou um pouco tensa em relação a segurança e eu, olhando para uma babá com um carrinho, falei “capaz, mãe, tem até uma babá passeando com uma criança ali”. Naaa verdade, dentro do carrinho de bebê tinha mesmo um DOG! haha Como doglovers que somos, amamos… Mas foi engraçado…
mãe <3
Outra coisa legal de fazer turismo é achar tudo incrível. Desde a fachada de um restaurantezinho virando a esquina, até um enorme grafite numa parede. Esse olhar de fora e com o coração aberto deixa tudo mais bonito, né? Foi com essa vibe que caminhamos até a Oscar Freire. A primeira parada foi na Urban Arts, onde fomos recebidas pelo queridíssimo Michel que nos explicou como funciona a galeria e nos deixou encantadas pelo trabalho desenvolvido por eles. São mais de 30.000 obras disponíveis no site, onde tu escolhe onde ela vai ser impressa, como será finalizada etc. Além disso, eles também criam composições com artes diversas. Enfim, fiquei louca por várias obras, imaginando quando tiver minha própria casa.
Saindo da Urban Arts, fomos em algumas lojas, na Galeria Melissa (sou muito fã e tive que comprar mais uma pra minha coleção), pegamos a inauguração da Santa Lolla (com direito a espumante e compras), fomos ver o grafite gigante do Kobra na frente da Schutz… A rua tava lotada, gente pra todos os lados. Quando vimos, já passava do meio dia e era hora de mais uma experiência gastronômica.
Kobra
Escolhemos almoçar no Dalva e Dito, um dos restaurantes do famoso chef brasileiro Alex Atala. E o primeiro restaurante estrelado a gente nunca esquece, né? A cozinha é comandada pelo chef Elton Júnior e é brilhante vê-lo trabalhar através do vidro que separa a cozinha do salão. Tivemos a sorte de sentar bem pertinho. Começamos com um drink enquanto aguardávamos a nossa mesa, o que demorou um pouco. Já acomodadas, pedimos o couvert, que não poderia ter agradado mais a minha mãe (louca por pão): um pão de milho deliciosamente macio e quente, manteiga Aviação, pão de queijo (também quentinhos), pasta de feijão com bacon, alho assado, compota de legumes, e quatro tipos de pimentas. Eu adoro pimenta, mas confesso que uma delas era bem mais ardida do que eu tô acostumada. haha O bom desse couvert é que tu fica um bom tempo descobrindo os vários sabores apresentados enquanto conhece melhor o restaurante, que é lindo.
Foram vários minutos até decidirmos o prato principal. Partimos do pressuposto de que comemos carnes de gado maravilhosas no RS, então minha mãe foi de Confit de pato com purê de cará e eu foi pro mar, com Pirarucu na chapa com vinagrete de castanhas-do-pará. O meu prato era extremamente delicado, com cores lindas! A textura do peixe era incrível, com uma crostinha crocante e dourada. O vinagrete era bem diferente do que eu tinha imaginado, mas delicioso. Era uma bela mistura de sabores, ao mesmo tempo que cada pedacinho de cada ingrediente era extremamente gostoso. O prato da minha mãe estava com uma cara maravilhosa também, experimentei o purê de cará e era espetacular. Enquanto almoçávamos, vimos sendo servido na mesa ao lado o prato de filé-mignon, acompanhado de um purê de batata e queijo, que além de ser super apetitoso, era literalmente um show até ser levado ao prato.
De lá, seguimos para o apartamento para um breve descanso depois de muita bateção de perna e depois fomos para a Avenida Paulista. Tirando o show do U2, uma das atrações que eu mais queria prestigiar era a exposição de Robert Frank no Instituto Moreira Salles. Ele é um fotógrafo extremamente importante que nos anos 50 produziu a série Os Americanos, retratando a vida nos Estados Unidos pós-guerra. Conheço relativamente bastante desse trabalho, pois estudei sobre ele na faculdade e no grupo de fotografia que eu fazia parte. Certamente é uma das obras que mais mexe comigo, tanto pela intensidade de cada fotografia, quanto afetivamente. É incrível essa conexão pessoal que cada um pode ter com uma exposição e, sério mesmo, ver cada fotografia fez meus olhos brilharem. Também me fizeram refletir sobre minha relação atual com a fotografia, mas isso fica para um próximo texto.
Esse post já está virando um livro, então vou tentar ser um pouco mais sucinta (se é que eu tenho essa habilidade). Bom, visitamos também outros trabalhos no IMS, destaque para o A máscara, o gesto e o papel da fotógrafa Sofia Borges. Na saída, acabei comprando uma edição de “Os Americanos” editada pelo próprio Instituto Moreira Salles e fomos caminhar pela Paulista. Ah! A entrada no IMS é gratuita.
Como uma ex-new yorker que hoje vive uma cidade de 3000 habitantes, confesso que deu pra sentir um ar nova-iorquino naquele fim de tarde de sábado. O pôr do sol na selva de pedra da avenida, o mar de gente, barulho, carros… Enfim, minha mãe e eu adoramos! Aproveitamos para tomar um frapuccino mocha no Starbucks sentadas na mesinha da calçada e curtir o movimento. Ficamos um bom tempo ali.
E depois de um dia que o almoço foi no Dalva e Dito, a janta não poderia ser… tão cara! haha Acabamos entrando no Shopping Cidade São Paulo, eu comi (o pior) Burguer King (da minha vida) e minha mãe pegou um prato mais light.
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DIA 03
Domingo. 22 de outubro. Show. Do. U. 2!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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Depois de um sábado super agitado, estendemos o sono na manhã de domingo. Afinal, todas as energias estavam reservadas para o show das nossas vidas. Tomamos café com tranquilidade, nos arrumamos vendo a chuva insistir em cair lá fora e decidimos almoçar no Eataly, já que era caminho para o Estádio do Morumbi.
Cidade lotada, domingo e chuva. O mercado italiano parecia um formigueiro de gente e o pior é que precisávamos almoçar antes de seguir pro show. Eu tinha uma expectativa enorme de conhecer o Eataly Brazil, mas a multidão de gente lá dentro e a perspectiva de nos atrasarmos para o show desencantou. As filas de espera estavam para mais de 1h e, por fim, acabamos optando por uma pizza pra comer na mão. Nisso, minha mãe encontrou uma mesa e, enquanto eu esperava na fila para pedir, eis que aparece um casal da nossa cidade. Justamente os que nos venderam os ingressos pro show! O mundo é realmente muito pequeno.
Sobre a pizza: não era exatamente o que queríamos comer, mas não decepcionou. A massa, romana, tem fermentação de 24h, é assada no lastro do forno e fica bem sequinha. Pedimos a colosseo, que vinha com molho de tomate, mozzarela de búfala e majericão (a melhor, pra mim!), circo massimo, com molho de tomate, presunto cozido e mozzarella defumada e a piazza navona (molho de tomate, stracciatella e presunto de Parma). Surpreendentemente, essa fartura de pizza custou R$37 (eu cheguei a perguntar pro caixa “tem certeza?”) e eu e minha mãe saímos felizes e alimentadas. Também aproveitamos para tomar umas cervejas (essas sim, caras) com a Karine e o Manolito que encontramos lá e, então, nós quatro saímos para o show.
O Estádio do Morumbi fica dentro de um bairro mega luxuoso de São Paulo. Um motorista de Uber nos disse que o estádio já existia quando a área começou a ser tomada pelas mansões. E o choque de desigualdade social aparece no momento em que, do outro lado do estádio, fica a maior favela de São Paulo, a Paraisópolis.
Bom, chegamos no estádio cerca de 5h da tarde e não enfrentamos fila. Deu um pequeno problema com os nossos ingressos que molharam um pouco, mas no fim deu tudo certo. #momentosdetensão Ficamos perto do palco, colocamos capinha de chuva, tiramos capinha de chuva (1000000 de vezes), conversamos, tomamos mais cerveja, torcemos para não precisar ir fazer xixi, tiramos fotos… Enfim, foi uma ansiedade enorme e ao mesmo tempo passou super rápido.
O show de abertura foi lindo, com o Noel Gallagher cantando Oasis e músicas próprias debaixo de chuva. Ouvia bastante Oasis na adolescência e algumas músicas me trazem lembranças boas, como uma viagem à Ilha do Mel em 2008. Lembro exatamente de estar deitada na rede da pousadinha com meu mp3 rosa da Sony cantando “please don’t put your life in the hands of a rock and roll band…”.
Mas o que interessa mesmo e o motivo de tudo isso foi o tão aguardado show do U2! Gente, eu falei a vida inteira que o único show que eu PRECISAVA ver na VIDA era esse. E aí ele tava ali, prestes a começar e eu estava ali, prestes a viver aquele momento. E ele começa perfeito: o som da bateria de Sunday Bloody Sunday, seguido da guitarra de The Edge e aquela voz que vem do dedão do pé do Bono Vox. haha Eu aguardei TANTO por isso!
Foi sucesso atrás de sucesso, músicas que tocam a alma. É tudo hino né gente? E nessa missa eu cantei até não poder mais! Uma hora eu olhei para a minha mãe e ela falou, emocionada “É o melhor show da minha vida!” e olha que ela é bem mais frequentadora de shows do que eu! Arrepiei. O telão é um show a parte. Gigante! Os vídeos são um absurdo de tão bem feitos, de uma qualidade tão gigantesca quanto. Foi tudo perfeito. O show da minha vida.
Para ir embora, saímos da muvuca em torno do estádio e pegamos um táxi (pois não conseguimos Uber) e decidimos ir até o primeiro bar do caminho. Acabamos parando no Bar do Juarez e pedindo um tal de sanduíche Mata Fome, imenso e muito gostoso. Filé-mignon macio acebolado num pão crocante. Pra arrematar, molhinho de pimenta e chopp! Que dia maravilhoso!!! Voltamos cansadas, felizes e com metade de um Mata Fome na marmita. Café da manhã do outro dia estava garantido!
DIA 04
Segunda-feira começou de mansinho, com a mesma chuva de domingo, porém vários graus a menos. Gaúchas com medo do frio de SP, é mole?
Estendemos um pouco mais na preguiça. No meu roteiro, o dia seria de brunch na Padoca do Maní, mas como tínhamos comido pão na janta do dia anterior, decidimos mudar os planos. Os museus todos estavam fechados por ser segunda-feira. No Instagram, a @mariliasudbrack tinha me indicado conhecer o Jamie’s Italian, restaurante do Jaimes Oliver no Brasil. Eu e minha mãe meio que nos enrolamos, não sabíamos direito o que queríamos fazer, ela tava afim de voltar no Eataly pra almoçar lá… Aí acabamos decidindo ir na indicação da Marília.
Gente, que ambiente legal desse restaurante! Super descontraído, cool com aquele toque de fazendinha. Fomos super bem atendidas e a comida foi (de novo – de novo) foi uma fartura! Vale ressaltar que tomei a melhor caipirinha da minha vida no Jaime’s Italian (e que me deixou bem molinha, já que minha mãe não quis nem experimentar).
De entrada, eu pedi um carpaccio com molho mostarda, parmesão e rúcula e minha mãe foi de nachos italianos, que são bolinhos crocantes de quatro queijos com molho arrabbiata (apimentadinho). Muito bom! Como prato principal, já que estávamos com o desejo de comer massa não saciado pelo Eataly, pedimos italian steak acompanhado de penne pomodoro. Quase não demos conta de tanta comida, mas tava tão gostoso que valia cada garfada a mais. O meu bife poderia estar um pouco mais quente, mas de resto, estava tudo mt bom.
carpaccio jamie’s italian
nachos italianos
jaimes’s italian almoço
De sobremesa, eu comi um melhor brownie com sorvete da minha vida: com calda de chocolate, sorvete de caramelo com flor de sal & pipoca caramelada com amaretti e minha mãe foi mais comportada pedindo abacaxi & frozen yoghurt.
Nessas alturas vocês já devem estar imaginando que estávamos fugindo da balança, né? Mas cheguei a uma conclusão: ir à São Paulo e não comer bem é como ir pra Orlando e não ir nos parques da Disney! haha
Quando saímos do restaurante, levamos um susto do frio que estava lá fora. Confesso que fiquei com vontade voltar pro apartamento e ficar assistindo Sessão da Tarde de baixo das cobertas, mas havia muito a ver ainda!
Pegamos um Uber para o Beco do Batman e, naquela segunda-feira em especial, São Paulo estava simplesmente parada! Então aproveitamos o motorista super simpático e falante para ouvir suas histórias, saber um pouco mais sobre as ruas que passávamos, olhar a arquitetura e os grafites através da janela e também nos proteger do frio.
Chegamos no Beco, passamos pelos grafites, tiramos fotos… Tinha trabalhos bem legais, a boca pintada pelo guitarrista dos Rolling Stones, o Pelé Beijoqueiro entre outros. Depois, subimos a Rua Harmonia em direção a Tastemade Brasil. Encontramos outra galeria no caminho, a Democrart e fomos super bem recebidas pelo Max. Um artista que me chamou muito atenção foi o Rudi Sebastian, com fotografias com dupla exposição super vibrantes. Contei ao Max que fiz um trabalho analógico de dupla exposição, onde fotografei todo o filme na minha cidade do interior e depois fotografei por cima na cidade grande. Trabalho esse que foi exposto no Museu do DMAE em Porto Alegre em 2011. Certamente um dos melhores trabalhos da minha vida. Mas enfim, voltando a galeria, ela é bem semelhante ao que o pessoal da Urban Arts faz e tem artistas do mundo todo.
Seguindo na rua, encontramos mais um painel do Kobra. Lindo demais! Sou apaixonada pelo trabalho dele desde que conheci em NY. Fizemos um break no Le Pain Quotidien. Pedi um chá gelado e minha mãe um capuccino e um mousse de chocolate com café. Apesar do ambiente bonito e agradável (sentamos na janela) achei o atendimento fraco e o banheiro tava bem sujo. A tarde já estava acabando e fomos rapidamente até a Tastemade Brasil. Como prestei serviço de edição de vídeo por um bom tempo pro pessoal da produtora, combinei de ir lá conhecer os estúdios.
Quem nos recebeu foi o Juliano, super querido, que mostrou pra gente os escritórios, ilha de edição, sala de reuniões etc. O design todo é muito lindo, super contemporâneo e tudo a ver com o que eles produzem para a internet. O estúdio é composto por duas cozinhas (uma mais rústica e outra escandinava) e a mini cozinha (amooooo), além de uma cozinha de apoio e uma ampla sala com luz natural, pra reuniões e eventos. Ali, reencontrei também o Greg, que já conhecia de quando eles estavam com base em Porto Alegre. Fiquei muito empolgada de ver a proporção que a Tastemade tomou, já que acompanho eles desde a época do Otávio (quando eu, minha irmã e uma amiga dela tínhamos um canal que fazia parte da network, o Merende Receitas).
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Bom, bem passeadas pra uma segunda-feira, seguimos para descansar no apartamento.
DIA 04
Algumas coisas que planejávamos acabaram ficando de fora do roteiro real que fizemos. Mas acreditamos que, mais do que passar correndo em mil atrações turísticas, fazer cada uma no seu tempo é bem mais vantajoso. Aliás, roteirizar e deixar rolar também é uma ótima pedida.
Terça foi nosso último dia na cidade. Eu queria muito ir no MASP (que não tinha dado tempo no sábado onde estava programado), mas sabia que minha companheira de viagem gostaria de ir às compras. Como havíamos planejado de ir pra 25 de Março na terça antes de irmos embora, lá fomos nós! Mochilinha nas costas, tênis… o celular da minha mãe ficou em casa para segurança. hehe
Quando a gente viaja, a gente procura sempre ver o melhor lado do lugar que vamos visitar, né? Até então, estávamos circulando por bairros mais nobres e/ou descolados. Ir pra 25 e depois pro Brás nos mostrou uma São Paulo mais real e cheia de diferenças. Fizemos algumas comprinhas, batemos perna, almoçamos fast food e voltamos pro apartamento. No Uber, falamos um pouco com o motorista sobre o Dória e suas políticas, sobre os jardins verticais e grafite. Mas já era hora de fechar as malas.
Às vezes me peguei me achando boba por me emocionar tanto com uma cidade que, muitas vezes, as pessoas não sonham em conhecer. A verdade é que eu queria MUITO conhecer São Paulo e voltei mais apaixonada ainda. As pessoas, a comida, a arte, os cheiros e cores da cidade são inspiradores pra quem vai de coração aberto. Faltou conhecermos mais o centro e mais museus, mas espero que não falte oportunidades pra ir pra essa cidade incrível!